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fiFoMoCo ESU 411
“Uma mensagem especial merece uma abordagem especial. Por essa razão, começamos imediatamente com a parte mais destacada da nova solução de revisão para o FoMoCo ESU XXX: a substituição da BGA pela PCB!” E foi aí que 80% dos leitores desistiram de continuar a ler… Vamos primeiro explicar sobre o que estamos a falar exatamente?
O FoMoCo (da Vistion) ESU-411 que mencionámos previamente é uma ECU da Ford. Este computador pode ser encontrado em veículos com motores 1.8 e 2.0 Duratec, tais como o Focus II e o C-Max. Esta ECU também é montada em determinados veículos da Volvo (como o C30). Embora estes motores sejam conhecidos por serem fiáveis por si só, há muita coisa que pode correr mal como, por exemplo, a própria ECU. Felizmente, a Ractronicos tem a solução.
O que se avaria na maioria dos casos?
A lista de avarias comuns não é muito longa para este tipo de ECU: vemos apenas duas reclamações diferentes recorrentes com elevada frequência.
Uma destas reclamações mais comuns é a falta de controlo relativamente à ignição. As reclamações variam de uma única mensagem de erro na ECU até à falha total de uma das múltiplas bobinas de ignição. Este problema é característico da própria ECU e pode ser facilmente resolvido.
Aquilo que ocorre mais frequentemente é a falta de controle em relação ao conjunto de acelerador regulado eletronicamente. E é exatamente essa a avaria para a qual a nova solução de revisão se destina. Durante esta avaria, a própria válvula de aceleração deixa de responder à injeção do acelerador e torna-se muito difícil acelerar. Alguns casos conhecidos revelam que a avaria não está permanentemente presente. Nesse caso, a válvula de aceleração parece responder bem durante um longo período de tempo até o veículo passar eventualmente ao modo de emergência. É frequente a visualização dos seguintes códigos de erro após a leitura:
- P0403 – Avaria do circuito de recirculação de gás de escape
- P0607 – Desempenho do módulo de controlo
- P1585 – Avaria da unidade de controlo do acelerador
- P2008 – Circuito aberto do grupo 1 para controlo do rodízio de admissão
- P2110 – Sistema de controlo do atuador de acelerador
- P2121 – Acelerador/Sensor de posicionamento do pedal/Alcance do circuito do interruptor/Desempenho
Aquando da ocorrência destes erros, é extremamente importante verificar primeiro se todos os restantes componentes estão a funcionar devidamente. As válvulas EGR também provocam avarias com regularidade, tal como os próprios conjuntos de acelerador regulados eletronicamente. No caso do código de erro P2008, deverá verificar-se em primeiro lugar o solenoide do Rodízio de admissão (haste móvel que passa pelo coletor de admissão). Este solenoide pode ser encontrado num tubo de vácuo junto do coletor de admissão.
Mas caso o problema se refira à ECU e caso a válvula de aceleração deixe de ser devidamente controlada, aconselhamos que envie a ECU para reparação. E foi exatamente para essa reparação, ou melhor ainda, revisão, que desenvolvemos um novo método. Trata-se nomeadamente do processador da ECU que provoca problemas. Contudo, não é fácil substituir este componente por um novo. Iremos agora explicar muito claramente de que forma é que este processo tem lugar.
O processo de revisão
O FoMoCo ESU-411 testa imediatamente a nossa ingenuidade quando nos perguntamos sobre como é que se abre uma ECU quando se trata de um bloco de metal maciço? Felizmente, temos um espaço de fresagem moderno no qual possuímos todos os meios necessários para resolver este problema de forma profissional. Foi desenvolvida a nível interno uma tampa de proteção para tapar a abertura posterior, pelo que o resultado final é, pelo menos, tão fiável como a versão original e, além disso, o conjunto em si assume uma imagem profissional. Tudo é tido em consideração.
Uma vez aberto, podemos ver a placa de circuitos (PCB). PCB significa “Printed Circuit Board” (Placa de circuito impresso), o que explica de imediato por que razão é que esta abreviatura é normalmente usada para indicar uma placa de circuitos. O processador é soldado à PCB, pelo que é tarefa difícil soltá-lo. O processador é fixo à PCB com, nada mais nada menos, 388 pontos de contacto minúsculos e torna-se completamente impossível erguer a soldadura devido ao facto de que muitos desses pontos de contacto estão colocados no centro, sob o processador. Isto significa que é necessário usar equipamento profissional para trabalhar.
Sabia que…?
A orientação de todos estes pontos de soldadura no fundo do processador é denominada de “Ball Grid Array” (Matriz de grade de esferas). É esta razão pela qual um determinado tipo de processador é frequentemente referido como “BGA”: um processador que contém uma Matriz de grade de esferas.
O equipamento especializado que usamos para este processo de revisão é alvo do nosso mais recente orgulho. A máquina em causa está apta a aquecer com enorme precisão uma determinada parte da placa de circuitos, o que significa que as ligações soldadas situadas abaixo do processador (BGA) ficam temporariamente líquidas. Nesse preciso momento, a máquina consegue remover o antigo processador (BGA). Este processo pode parecer extremamente simples, mas a programação exata de variáveis, tais como o posicionamento de determinadas ligações, espessura do material e tempo de aquecimento é um verdadeiro desafio. Além disso, este processo requer imenso conhecimento específico.
Logo que a BGA é removida da PCB (é claro agora sobre o que estamos a falar, certo?), está na altura de remover a totalidade do estanho antigo e preparar a placa de circuitos para a instalação de um novo processador. Este continua a ser um trabalho manual, mas temos imensa sorte ao contar com pessoal altamente especializado na ACtronics. Após uma limpeza, a ECU é devolvida à máquina, seguida do processo de instalação da nova BGA.
O novo equipamento também é muito importante para o processo de instalação, porque tudo depende da substituição exata da nova BGA. A máquina está equipada com uma câmara usada para reproduzir uma imagem digital do fundo desta nova BGA. Graças ao processamento de imagem digital, a máquina reconhece os 388 pontos de soldadura situados no fundo da nova BGA. O ecrã visualiza esta imagem digital sob a forma de uma grade que contém todos os pontos de soldadura. De seguida, a imagem digital também é composta pela própria placa de circuitos. Como resultado, a máquina fica apta a fazer corresponder as posições e sabe exatamente onde é que a BGA deve ser colocada. Logo que a posição seja determinada, o braço automatizado coloca a BGA exatamente no local correto. O facto de que o processador é, por vezes, colocado na máquina numa posição inclinada não é um problema: o braço automatizado também procede à realização desta manobra.
Mas quase ignoramos um passo: não é necessário soldar o estanho para fixar o processador à placa de circuitos? Isso é correto, pelo que também foi inventada uma solução criativa para esse desafio. Foi especialmente desenvolvida uma “grelha” para esta BGA, na qual podemos colocar pequenas bolas de estanho de soldadura. Esta grelha tem exatamente a forma correta para que cada bola se funda na posição correta na BGA. A BGA é cunhada ao mesmo suporte ao qual a grelha é também cunhada. De seguida, todas as bolas são aplicadas e o conjunto em si é aquecido. Como resultado disso mesmo, as bolas de estanho derretem devidamente sobre a BGA que pode ser então colocada pela máquina na posição correta sobre a placa de circuitos.
Depois de a BGA ser devidamente colocada na posição exata, inicia-se o processo de aquecimento. A BGA funde-se na PVB de forma lenta, mas com precisão. E isso pode ser observado a olho nu. Quando se olha cuidadosamente entre a placa de circuitos e o processador, podemos ver que o estanho assume a forma líquida e que a BGA começa a baixar um pouco. A ECU é novamente testada após um período de arrefecimento. Logo que o teste seja positivo, a tampa de proteção é montada e a ECU fica pronta a ser devolvida ao seu proprietário.